Parque das Dunas utiliza paisagismo sustentável e reaproveitamento de madeira

O Parque Estadual Dunas de Natal “Jornalista Luiz Maria Alves”, administrado pelo Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte (Idema), vem investindo em ações de paisagismo com foco na sustentabilidade e na valorização das espécies endêmicas da Mata Atlântica. Sob a coordenação do engenheiro florestal e pesquisador-bolsista do Idema/Funcitern, Antônio Giliard, a Unidade de Conservação tem promovido melhorias significativas em seus espaços, reutilizando que seriam descartados, transformando-os em estruturas funcionais e integradas à paisagem natural.

Giliard explica que o paisagismo, além de embelezar os ambientes, cumpre um papel essencial na organização e recomposição de espaços, aproximando visitantes da natureza e incentivando a educação ambiental, funções essenciais de uma Unidade de Conservação. No Parque das Dunas, a prática é orientada por critérios sustentáveis, como o uso de espécies nativas e o reaproveitamento de recursos, reduzindo o consumo de matéria-prima, energia e água, e fortalecendo a preservação ambiental.

Entre as melhorias já realizadas no Bosque dos Namorados, praticamente toda a madeira dos antigos brinquedos e bancos, substituídos por novos, foi reaproveitada na construção de caramanchões, entradas de trilhas, canteiros e cercas vivas. Também foram utilizados galhos oriundos de podas internas. Na composição vegetal, destacam-se espécies da flora potiguar, como dendaleira (Lafoensia pacari), ubaia-azeda (Eugenia azeda Sobral), peroba-rosa (Tabebuia roseoalba), maçaranduba (Buchenavia tetraphylla), pau-sangue (Perocarpus rohrii), bromélia-xinxo (Hohenbergia ridleyi), entre outras.

Os novos espaços paisagísticos incluem a entrada e o corredor com cerca viva que leva ao viveiro de mudas, o caramanchão e o canteiro no Centro de Pesquisa, a entrada da Trilha da Perobinha, o arco da antiga Praça da Guabiraba, áreas de contemplação como o banco para observação das abelhas no meliponário, e a entrada da Trilha dos Sentidos.

De acordo com Giliard, o uso de plantas nativas é fundamental para preservar a identidade ecológica e cultural do Parque das Dunas, fortalecendo o papel da Unidade de Conservação como referência em proteção ambiental.

“Ao conhecerem a beleza, a resistência e o potencial ornamental dessas espécies, os visitantes passam a valorizá-las e, muitas vezes, a incorporá-las em seus próprios jardins e espaços urbanos. Isso contribui para expandir a presença da flora nativa na cidade e reforça a importância de conservar o que é nosso. Com iniciativas como esta, o Parque das Dunas reforça sua missão de proteger a biodiversidade, promover a educação ambiental e criar oportunidades para que cada visitante se sinta parte ativa na preservação do patrimônio natural potiguar”, finalizou.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *