A Sondagem das Indústrias Extrativas e de Transformação do Rio Grande do Norte, elaborada pela FIERN em parceria com a CNI, revela que, de acordo com a avaliação dos empresários, a produção industrial potiguar registrou novo aumento em agosto de 2025, conforme indicador de 57,0 pontos.
Destaque-se que este é o segundo mês consecutivo em que os empresários apontam expansão da atividade frente ao mês anterior. Com esse aumento, o indicador de produção atingiu o maior valor para um mês de agosto desde 2011, quando ficou em 57,4 pontos.
Apesar do avanço da produção, a Utilização da Capacidade Instalada (UCI) ficou estável em 78%, mas é o maior percentual para um mês de agosto da série histórica iniciada em 2011. O número de empregados, por sua vez, apontou queda (46,2 pontos), após registrar estabilidade em julho. Já os estoques de produtos finais caíram (48,0 pontos) em comparação ao levantamento anterior, e ficaram abaixo do planejado pelo conjunto da indústria (48,0 pontos).
Em setembro de 2025, as expectativas dos empresários potiguares para os próximos seis meses são positivas quanto à demanda, ao número de empregados e às compras de matérias-primas.
Todavia, os executivos esperam queda nas vendas externas, refletindo o impacto da oficialização do aumento das tarifas de importação dos Estados Unidos sobre parte dos produtos brasileiros, que começou a vigorar a partir de 6 de agosto. A intenção de investimento, por sua vez, voltou a cair, após registrar três altas seguidas.
Quando comparados os dois portes de empresa pesquisados, observam-se, na maior parte das variáveis analisadas, comportamento diferenciado. As pequenas indústrias apontaram queda na produção; estabilidade no emprego; estoques de produtos finais em declínio e abaixo do planejado; e preveem que a demanda, as compras de matérias-primas e o número de empregados ficarão
inalterados nos próximos seis meses.
As médias e grandes empresas, por sua vez, assinalaram aumento na produção; recuo no número de empregados; estoques sem alteração e dentro do nível desejado; e as perspectivas para os próximos seis meses são de crescimento da demanda, do número de empregados e das compras de matérias-primas.
Comparando-se os indicadores avaliados pela nossa Sondagem Industrial com os resultados divulgados em 18/09 pela CNI para o conjunto do Brasil, observa-se que, de um modo geral, as avaliações convergiram, com a diferença de que os empresários nacionais apontaram queda na produção (47,2 pontos), muito embora tradicionalmente, a produção mostre alta no período.
Em linha com o desempenho da atividade do setor, a Utilização da Capacidade Instalada (UCI) caiu na passagem de julho para agosto, de 71% para 70%. Os estoques de produtos finais registraram estabilidade (50,0 pontos) – a segunda consecutiva. Os empresários preveem, ainda, redução no número de empregados nos próximos seis meses (49,6 pontos), ainda que moderada.
Para maiores informações sobre a Sondagem, acesse o link: https://www.fiern.org.br/wp-content/uploads/2025/09/SONDIND_agosto2025.pdf