Governo do RN já distribuiu quase um milhão de raquetes de palma este ano

Importante aliado do homem e da mulher do semiárido, a palma forrageira garante alimentação de qualidade aos animais, mesmo nos períodos de estiagem mais rígida. Ano passado, o Governo do Rio Grande do Norte, através da EMPARN e uma rede de parceiros, distribuiu mais de um milhão de raquetes-semente a pequenos produtores rurais. E este ano, os números devem superar os de 2024. Até o último mês de agosto, já foram doadas 904 mil palmas.

Ações como essa ajudam aos agricultores e agricultoras a enfrentar as adversidades da estiagem que vem atingindo o Estado, pois garante alimentação e renda aos trabalhadores, através do consumo e da venda de carne, de leite e derivados – além de economizar na compra de ração.

E a produção de palma forrageira para distribuição não para. A EMPARN produz raquetes em suas bases experimentais de Apodi e em Terras Secas, no município de Pedro Avelino, Rio Grande do Norte; em Russas; e no Ceará, sob coordenação do Ministério do Desenvolvimento Agrário.

Vale salientar que as raquetes distribuídas pela EMPARN são resistentes a pragas como a cochonila-do-carmim, trabalho de erradicação desenvolvido pela Emparn desde 2012.

Convênios e parcerias

As doações de raquetes aos pequenos produtores rurais foram viabilizadas mediante dois convênios que visam a expansão do cultivo da palma forrageira no Rio Grande do Norte, sendo um financiado com recursos do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), e outro através da Sudene, Secretaria de Estado da Agricultura, da Pecuária e da Pesca do RN (Sape) e da EMPARN.

Vários parceiros formam uma rede da distribuição das nas sedes dos municípios contemplados e prestam assistência técnica aos agricultores; entre eles: Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural do RN (Emater), Secretaria de Estado do Desenvolvimento Rural e da Agricultura Familiar do RN (Sedraf), Sebrae/RN, Serviço de Apoio aos Projetos Alternativos Comunitários (Seapac), Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa), Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares do RN (Fetarn), Embrapa Algodão e Embrapa Semiárido, secretarias municipais de Agricultura, sindicatos e associações rurais, e ainda o Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA/PE) e o Instituto Nacional do Semiárido (INSA).

Palma é alternativa de alimentação para os animais do semiárido

A palma forrageira é bastante usada como suporte alimentar para rebanhos de ruminantes, principalmente em regiões de seca, como o Semiárido, inclusive no Rio Grande do Notre, onde a EMPARN tem desenvolvido um trabalho de expansão do cultivo no estado, além de pesquisas e assistência técnica aos agricultores.

Por possuir altos teores de carboidratos, minerais e umidade, a palma forrageira é de fundamental importância para a alimentação dos animais que vivem em regiões com longos períodos de escassez de água. A associação com alguns tipos de fenos e arbustos são uma alternativa para a alimentar os animais.

“A palma forrageira tem proporcionado, nos últimos anos, uma verdadeira mudança no sistema de criação de ruminantes no Rio Grande do Norte. As ações desenvolvidas por meio dos órgãos responsáveis pelo desenvolvimento agropecuário do Estado, vêm promovendo um novo paradigma cultural e zootécnico em relação ao manejo dessa cactácea”, ressalta Rodrigo Maranhão, diretor-presidente da EMPARN na apresentação da publicação “Caminhos para a Expansão e Desenvolvimento da Palma Forrageira no Rio Grande do Norte” (ver link abaixo).

Principais características e benefícios da palma:

  • Resistência: A palma é uma planta do semiárido, adaptada a longos períodos de estiagem e com baixo consumo de água.
  • Alimentação animal: É uma fonte de alimento para bovinos e caprinos, principalmente, e ajuda na hidratação devido ao seu alto teor de água (até 90%).
  • Redução de custos: A produção local de palma para ração ajuda a diminuir os custos de alimentação do rebanho, especialmente quando os preços da soja e do milho estão altos.
  • Geração de renda: Em Russas, a palma se tornou uma fonte de renda significativa para os agricultores, que também vendem mudas para outros produtores.

Links para pesquisa:

A multiplicação das raquetes de palma forrageira entre os agricultores e agricultoras no Rio Grande do Norte é uma realidade, como pode confirmar o relato do engenheiro agrônomo Fabrício Edino, do Núcleo Oeste do Serviço de Apoio aos Projetos Alternativos Comunitários (Seapac), atestando objetivo da EMPARN com a propagação da palma no estado.

Fabrício enviou um vídeo gravado no Sítio Jacu, propriedade do produtor rural Tom Hilton, no município de Francisco Dantas, que recebeu do Governo do RN, através da EMPARN e seus parceiros, um total de 10 mil raquetes de palma – que foram plantadas e posteriormente doadas em dobro para outros produtores rurais.

“Essa iniciativa é de grande relevância, pois ressalta a sustentabilidade e o desenvolvimento da cultura da palma, seguindo a estratégia que vocês estabelecem para o Rio Grande do Norte. A palma, ao ser doada por uma entidade como a EMPARN, pode gerar a doação de duas, quatro ou mais unidades pelas famílias, beneficiando, assim, o cultivo no semiárido

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