A previsão climática do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) indica grande variabilidade nas chuvas em todo o Brasil durante o mês de outubro.
Na Região Sudeste, a expectativa é de chuva acima da média. Em contrapartida, áreas das regiões Centro-Oeste, Norte e Sul devem registrar volumes abaixo da média.
Região Norte
No Norte, as chuvas podem ficar até 50 mm abaixo da média histórica em boa parte do Pará, centro do Tocantins e nas porções centro-leste e noroeste do Amazonas.
Por outro lado, há chuvas acima da média em todo o Amapá, extremo norte do Pará, oeste do Acre, norte de Rondônia e na fronteira entre Amazonas, Peru e Colômbia.
Nas demais áreas, os volumes devem se manter próximos da média climatológica.
Região Nordeste
No Nordeste, o cenário predominante é de chuvas próximas da média histórica.
Contudo, áreas do norte da Bahia e do sul do Maranhão e Piauí podem registrar volumes acima da média.
Região Centro-Oeste
No Centro-Oeste, a previsão aponta chuvas abaixo da média em grande parte do Mato Grosso, noroeste de Goiás e Distrito Federal.
Já o oeste e o extremo sul do Mato Grosso, além do centro-leste do Mato Grosso do Sul, devem receber chuvas acima da média.
Região Sudeste
A previsão indica chuvas acima da média em boa parte de Minas Gerais, nas regiões oeste e sudeste de São Paulo e em quase todo o Rio de Janeiro.
No restante da região, os volumes devem ficar próximos à média.
Região Sul
No Sul, a expectativa é de chuvas acima da média em grande parte do Paraná e no norte e oeste de Santa Catarina.
Já o Rio Grande do Sul deve registrar chuvas abaixo da média, com redução de até 75 mm nas áreas de fronteira entre o Sudoeste, Noroeste e Centro-Ocidental Rio-Grandense.
Temperatura
As temperaturas tendem a ficar acima da média em quase todo o país.
Na Região Norte, os termômetros podem marcar até 1,5 °C acima da média, especialmente no sudeste do Pará e no Tocantins. As temperaturas devem variar entre 27 °C e 32 °C.
No Nordeste, o calor será mais intenso. Os valores podem ultrapassar 28 °C no oeste da Bahia e no sul do Maranhão e Piauí. Mesmo no litoral, as temperaturas devem oscilar entre 26 °C e 28 °C.
No Centro-Oeste, as médias ficarão acima da climatologia. O norte e leste do Mato Grosso e o oeste do Mato Grosso do Sul podem registrar valores superiores a 28 °C.
No Sudeste, espera-se médias acima de 22 °C, principalmente no leste de São Paulo, divisa com Minas Gerais e centro-sul do Rio de Janeiro. As áreas mais quentes — centro-oeste de Minas e São Paulo — podem ultrapassar 25 °C.
No Sul, a parte central do Rio Grande do Sul deve ter temperaturas abaixo da média, com valores inferiores a 20 °C.
No norte e leste do Paraná, as temperaturas ficarão acima da média, podendo ultrapassar 24 °C.
Possíveis impactos nas culturas agrícolas
Na Região Norte, o calor e a redução das chuvas no sudoeste do Pará, oeste e norte do Amazonas e parte central do Tocantins podem prejudicar culturas permanentes, como cacau, açaí e fruticultura tropical.
O déficit hídrico reduz a frutificação, o peso dos frutos e a qualidade do cacau.
Em contrapartida, o cenário é mais favorável no Amapá, no norte do Pará, no sudoeste e norte do Amazonas e em Rondônia, onde chuvas acima da média garantem boas condições para lavouras e pastagens.
No Nordeste, a combinação de chuvas próximas da média e temperaturas elevadas tende a beneficiar lavouras de feijão e milho em fase de enchimento de grãos.
Porém, o calor mais intenso aumenta a evapotranspiração. Assim, será necessário maior controle da irrigação, evitando déficit hídrico em áreas de sequeiro.
No Centro-Oeste, chuvas dentro ou ligeiramente abaixo da média e temperaturas elevadas favorecem a colheita do milho e do algodão, reduzindo perdas por excesso de umidade.
Entretanto, no Mato Grosso, norte de Goiás e Distrito Federal, a falta de chuva pode afetar o início do plantio das culturas de verão, exigindo cuidados extras com irrigação.
No Sudeste, a retomada das chuvas favorece o desenvolvimento de lavouras em crescimento vegetativo, como café e cana-de-açúcar.
O aumento da umidade do solo cria condições ideais para o plantio das culturas de verão.
No Sul, a redução das chuvas no Rio Grande do Sul e as temperaturas amenas beneficiam as culturas de inverno, como trigo, aveia, cevada e canola.
Essas condições reduzem doenças fúngicas e melhoram a formação dos grãos.
Já as chuvas próximas ou acima da média em Santa Catarina e Paraná favorecem a semeadura da soja, garantindo boa umidade do solo e germinação adequada.