O pedido de prisão domiciliar humanitária feito pela defesa de Jair Bolsonaro voltou a ser negado pelo ministro Alexandre de Moraes neste sábado (22).
O caso Bolsonaro preso ganhou novos desdobramentos após o STF publicar a decisão que rejeita também o pedido para ampliar o número de visitas ao ex-presidente. Além disso, a defesa havia argumentado que Bolsonaro possui doenças permanentes e, por isso, deveria permanecer em prisão domiciliar, o que não convenceu o ministro.
Segundo Moraes, os pedidos apresentados nessa sexta-feira (21) perderam o objeto depois que ele decretou a prisão preventiva do ex-presidente. Como resultado, Bolsonaro deve seguir para o presídio da Papuda, em Brasília, onde as penas podem começar a ser executadas nas próximas semanas. Condenado a 27 anos e três meses no caso do Núcleo 1 da trama golpista, o ex-presidente agora enfrenta um cenário mais rígido.
Pedido negado e justificativas do ministro
Conforme o despacho, as visitas só poderão ocorrer mediante autorização prévia do STF, com exceção dos advogados e da equipe médica, que continua liberada para acompanhar o tratamento de saúde. No entanto, a defesa pretende recorrer da decisão e espera reverter o entendimento durante a audiência de custódia marcada para amanhã.
Além disso, Moraes citou outro ponto que pesou contra Bolsonaro: a convocação de uma vigília marcada para este sábado (22) nas proximidades da residência onde ele cumpre a prisão domiciliar. Segundo o ministro, a mobilização poderia causar tumulto e até facilitar “eventual tentativa de fuga do réu”, conforme relatou em sua decisão.
Em contraste com a alegação da defesa, o Centro de Integração de Monitoração Integrada do Distrito Federal comunicou que houve violação do equipamento de monitoramento eletrônico na madrugada deste sábado. A informação reforçou a avaliação do STF de que Bolsonaro deveria seguir para a prisão preventiva.
