O Instituto Metrópole Digital (IMD/UFRN), por meio de sua Comissão Permanente de Inclusão e Acessibilidade (CPIA), lançou, na última terça-feira, 25, um plano de ação voltado à promoção de inclusão e acessibilidade em seu ecossistema. De caráter bienal, o documento reúne estratégias orientadas à construção de um ambiente acadêmico mais justo e acessível para todos.
A proposta é nortear iniciativas que reduzam barreiras físicas e abstratas, fortalecendo a consolidação de uma política institucional de inclusão. O plano está estruturado em três Grupos de Trabalho (GTs), organizados por eixos temáticos que representam diferentes frentes de atuação.
A primeira delas, referente aos aspectos arquitetônicos e instrumentais (GT 1), concentra-se na promoção de condições adequadas de acesso físico e uso dos espaços institucionais. O grupo atua na identificação e eliminação de barreiras que dificultem a participação de pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida, incluindo infraestrutura como rampas, elevadores e sinalização tátil e visual.
Já o segundo eixo (GT 2) aborda os aspectos pedagógicos e metodológicos, buscando garantir que métodos de ensino e aprendizagem sejam acessíveis a todos os estudantes, especialmente aqueles com Necessidades Educacionais Específicas (NEE).
Entre as ações discutidas, estão o acompanhamento individualizado desses alunos, a formação de professores e a adaptação de materiais didáticos, além do aprimoramento contínuo das práticas educacionais.
Por sua vez, o terceiro grupo (GT 3) trata dos aspectos comunicacionais, atitudinais e organizacionais, com foco na promoção de um ambiente institucional inclusivo. O trabalho envolve a eliminação de barreiras de comunicação, como as orais, escritas e digitais, e de desafios decorrentes de preconceitos, estigmas e discriminações, reforçando a importância de atitudes inclusivas no cotidiano acadêmico.
Plano bienal
A adoção de uma periodicidade bienal foi definida em virtude da complexidade e transversalidade das ações previstas. Segundo deliberação da própria CPIA, um planejamento de dois anos permite maior continuidade e aprofundamento das iniciativas que, muitas vezes, exigem tempo para diagnóstico, formação, implementação e avaliação.
O acompanhamento e a avaliação do plano ocorrerão nos encontros mensais da comissão, que é responsável por elaborar relatórios periódicos sobre o avanço das metas. Ao final de cada semestre, um relatório síntese será consolidado e compartilhado com a comunidade institucional.
O plano também busca envolver todos os segmentos da comunidade acadêmica, ampliando a discussão sobre inclusão e acessibilidade para além do público discente e contemplando docentes, técnicos e demais profissionais que integram o instituto.
Sobre a CPIA
Formada por professores, servidores e demais colaboradores do IMD, a Comissão Permanente de Inclusão e Acessibilidade do IMD (CPIA/IMD) tem como missão promover uma cultura inclusiva que valorize a diversidade e atenda às necessidades de estudantes e servidores com NEE. Sua atuação inclui a identificação de barreiras atitudinais, pedagógicas, comunicacionais e estruturais que impactam a participação acadêmica.
A comissão também trabalha para articular gestores, docentes, técnicos-administrativos e discentes, promovendo um diálogo ampliado e contínuo sobre inclusão no âmbito institucional.
