Nesta sexta-feira (08/02), a ministra da Saúde, Nísia Trindade, atualizou o cenário epidemiológico da dengue no Brasil e reforçou a segurança e a eficácia das vacinas disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS), como é o caso da vacina contra a dengue. Em reunião com a Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização (CTAI) e com o Comitê Interinstitucional de Farmacovigilância de Vacinas e Outros Imunobiológicos (CIFAVI), nesta quinta (07/03), a pasta avaliou casos de Eventos Supostamente Atribuídos a Vacinação ou Imunização (ESAVI), que são ocorrências clínicas notificadas após o ato de vacinação, ou seja, não possuem necessariamente relação com a aplicação do imunizante.
No universo de 365 mil doses aplicadas no país desde 2023, foram identificados 16 casos de reações alérgicas graves. “Todas as pessoas estão recuperadas e passam bem”, esclareceu a ministra Nísia, reforçando que os benefícios da proteção representam muito mais do que eventuais riscos.
Após a notificação, a área técnica responsável do Ministério da Saúde, desencadeou as seguintes ações:
– Estabelecimento de fluxo laboratorial para aprofundar a investigação dos casos iniciais, visando a identificação do agente desencadeante e mecanismo envolvido nas reações;
– Produção de Nota Técnica contendo orientações e recomendações para prevenção e/ou precaução de anafilaxia durante a vacinação que será divulgada na página do Ministério.
Confira as recomendações do Ministério da Saúde para os profissionais de saúde feitas por CTAI E CIFAVI:
– Recomendar observação de 30 minutos após a vacinação para quem tem histórico de alergia e 15 minutos para os demais vacinados, independentemente do tipo de dose;
– Em caso de reações de hipersensibilidade não grave após a primeira dose, realizar avaliação clínica caso a caso para possibilidade de administração assistida da segunda dose;
– Administração concomitante com outras vacinas: vacinas de vírus inativado podem ser feitas 24 horas depois e para vacinas de vírus atenuado aguardar quatro semanas;
– Reforçar o cumprimento do protocolo de manejo de casos de hipersensibilidade e anafilaxia nos estabelecimentos de saúde que realizam vacinação;
– Realizar a comunicação sobre a Nota Técnica, simultaneamente, entre os órgãos e instituições relacionados: Anvisa, Conass, Conasems.
Fonte: Ministério da Saúde