A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), referente ao segundo trimestre de 2024, mostrou que o Rio Grande do Norte apresentou a maior média de anos de estudo entre as Unidades da Federação da Região Nordeste, com 9,6 anos, consolidando-se como a 1ª colocada regionalmente e a 16ª colocada no ranking nacional. A pesquisa foi divulgada nesta sexta-feira (13) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O IBGE frisa que esse desempenho potiguar se destaca em um cenário regional historicamente marcado por desigualdades educacionais, superando estados tradicionalmente mais populosos como Pernambuco (9,4) e Bahia (9,2). Ceará, Sergipe e Bahia empataram com 9,2 anos, enquanto os menores níveis foram observados na Paraíba e em Alagoas (ambos com 8,9 anos).
O levantamento do IBGE observou ainda que, de 2016 e 2024, observou-se um avanço consistente na escolaridade média da população brasileira de 15 anos ou mais, passando de 9,4 para 10,2 anos de estudo. As mulheres mantiveram maior escolaridade média em todas as regiões e anos, com destaque para o Brasil, onde elas atingiram 10,4 anos em 2024, contra 10 anos entre os homens. No Nordeste, o crescimento foi de 1 ponto percentual no período, passando de 8,2 para 9,2 anos — diferença também puxada pela maior escolarização das mulheres (9,6 anos em 2024). No Rio Grande do Norte, a média saltou de 8,6 para 9,6 anos, com as mulheres alcançando 10 anos de estudo em 2024.
A pesquisa ressalta que a primeira posição regional sugere avanços consistentes nas políticas educacionais estaduais e municipais, refletindo-se nos indicadores populacionais de escolaridade. Nacionalmente, a média potiguar a coloca na 16ª posição entre os estados brasileiros.
“Essa liderança regional é especialmente relevante quando considerada em conjunto com os dados, demonstrando que o estado não apenas reduz desigualdades internas por sexo, cor ou raça, como também supera a média nordestina e contribui para o aumento do patamar educacional da região como um todo”, explicou o IBGE no documento enviado à imprensa com os dados da pesquisa.
Jornal de Fato