O Exército de Israel bombardeou a Cidade de Gaza e arredores nesse domingo (24), deixando 63 mortos em 24 horas, segundo o Ministério da Saúde do território palestino. O governo Netanyahu afirma que pretende “arrasar o Hamas”, enquanto milhares de civis buscam refúgio em meio à catástrofe humanitária.
Vítimas sob escombros e mortes por fome
De acordo com autoridades locais, ainda há pessoas soterradas e dezenas morreram por desnutrição ou falta de alimentos. Hospitais também relatam a morte de crianças e de pessoas que buscavam ajuda humanitária em Khan Younis e no sudeste da Faixa.
Explosões ininterruptas e avanço militar
Testemunhas confirmaram explosões constantes durante a noite em bairros como Zeitoun, Shejaia, Sabra e Jabalia, no norte de Gaza. Segundo Israel, os bombardeios têm como objetivo destruir túneis do Hamas e impedir a reorganização dos combatentes.
Plano israelense e impasse no cessar-fogo
O avanço militar ocorre após o governo israelense aprovar um plano para tomar a Cidade de Gaza, onde vivem cerca de metade dos 2,3 milhões de habitantes. Paralelamente, um projeto de cessar-fogo de 60 dias, já aceito pelo Hamas, aguarda a resposta final de Tel Aviv.
Proposta de troca de reféns e prisioneiros
A iniciativa prevê a libertação de 10 reféns vivos e de 18 corpos, em troca da saída de 200 prisioneiros palestinos. Somente após a trégua, os dois lados negociariam uma paz permanente e a devolução dos reféns restantes.
Israel promete seguir ofensiva
Apesar disso, o Ministro da Defesa Israel Katz prometeu seguir a ofensiva até que o Hamas aceite as condições de Israel. Já o grupo palestino afirmou que o plano mostra a “falta de seriedade de Netanyahu” sobre o cessar-fogo e responsabilizou o premiê pelas vidas dos reféns.
Crise humanitária se agrava
A situação humanitária piora diariamente. A ONU alerta que quase toda a população de Gaza já foi deslocada, muitas vezes em múltiplas fugas. Famílias relatam não ter dinheiro para transporte, nem alimentos suficientes para sobreviver. Segundo monitoramento internacional, a fome já atinge oficialmente a Cidade de Gaza e pode se espalhar por toda a região.
Número de mortos por desnutrição
O Ministério da Saúde de Gaza informa que 289 pessoas já morreram de fome ou desnutrição, incluindo 115 crianças, desde o início da guerra. Israel, no entanto, contesta os números e nega restringir a chegada de ajuda humanitária.
Resumo da Notícia
- 63 mortos em 24h após bombardeios israelenses em Gaza.
- Cidade de Gaza é alvo central de ofensiva militar.
- ONU alerta fome generalizada e deslocamentos em massa.
- Cessar-fogo de 60 dias aguarda resposta de Israel.
- Hamas responsabiliza Netanyahu pela vida dos reféns.