O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) lançou , nesta terça-feira (1 1/ 11), na COP30, uma das agendas mais estratégicas para o enfrentamento da crise climática: a das infraestruturas e bens públicos digitais.
O painel “Infraestruturas Públicas Digitais ( DPIs ) e Bens Públicos Digitais ( DPGs ) para aceleração da ação climática”, foi liderado pela minis tra da Gestão, Esther Dweck, e reuniu outras lideranças nacionais e internacionai s. A p articipação do MGI consolidou o protagonismo do Brasil na construção de um novo paradigma de coop eração entre países, baseado em tecnologias abertas, interoperáveis e de interesse público, capazes de transformar a inovação digital em ferramenta concreta de sustentabilidade e desenvolvimento.
O grande destaque foi o lançamento do Cadastro Ambiental Rural (CAR) como Bem Público Digital , marcando também seu reconhecimento como o primeiro Bem Público Digital brasileiro incluído com a nomenclatura Rural Environmental Registry (RER) no catálogo internacional da Digital Public Goods Alliance (DPGA) , rede global que reúne soluções digitais abertas com potencial de gerar impacto e contribuir para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
O MGI apresentou a inovação do CAR como parte do lançamento do Plano de Aceleração de Soluções (PAS) em Infraestruturas Públicas Digitais e Bens Públicos Digitais para o clima, iniciativa global liderada pelo Brasil em parceria com a Noruega, a Índia, a Co-Develop e a DPGA. O plano propõe o compartilhamento de tecnologias públicas entre países, estimulando que cada governo disponibilize suas soluções digitais de interesse coletivo em formato aberto, fomentando um ecossistema internacional de inovação pública colaborativa.
Dessa forma, a partir de agora, o CAR passa a ser disponibilizado como uma tecnologia aberta e reutilizável, permitindo que outros países possam adotar seus módulos, códigos e padrões para criar seus próprios sistemas de monitoramento florestal e gestão ambiental. “Acreditamos que nossa estratégia brasileira de proteção florestal, determinada pelo Código Florestal e implementada por meio desse sistema digital, pode ser ainda mais útil se transformada em uma Infraestrutura Pública Digital, e se for reestruturada como um componente digital aberto, compartilhável e interoperável que poderá ser utilizado por outros países”, afirmou a ministra da Gestão, Esther Dweck.
