Mudanças no Pix: Banco Central impõe mudanças importantes para os usuários

Em uma série de medidas recentemente anunciadas pelo Banco Central, o sistema financeiro brasileiro passará por mudanças significativas, especialmente no que diz respeito às operações de transferências via Pix e TED. Essas novas regulamentações afetarão diretamente 79 instituições financeiras que, até então, não eram reguladas no país.

A decisão segue uma onda de ataques cibernéticos que, nos últimos dois meses, miraram especificamente instituições financeiras e de pagamento.

A educadora financeira Cíntia Senna conversou com a BandNewsFM e explicou como vai funcionar o pix parcelado e os cuidados que os clientes devem ter ao realizar as transações bancárias.

Apesar dos ataques, o presidente do Banco Central, Gabriel Gallipolo, assegurou que “não houve desvio de dinheiro”. Ele também destacou que as novas regras visam, principalmente, combater o envolvimento do crime organizado no mercado financeiro. Além disso, instituições que se conectam ao sistema Pix por meio de empresas terceirizadas, como fintechs e cooperativas de crédito, enfrentarão uma limitação de R$ 15.000 para transações.

Outra medida relevante é o aumento dos requisitos para o credenciamento de empresas terceirizadas. A partir de agora, estas precisarão ter um capital mínimo de R$ 15.000.000. “É interessante e benéfico já soltar aquelas medidas que não afetam clientes nem instituições tradicionais e só limitam transações de companhias não certificadas”, pontuou Gallipolo.

O presidente do Banco Central também mencionou que o reforço nas regras de governança e gestão de riscos é uma resposta à situação atual e faz parte de um processo contínuo de aperfeiçoamento da segurança do sistema financeiro nacional. “É um processo contínuo, mas pretendemos em breve anunciar mais medidas que vão nesta mesma direção”, afirmou.

Essas mudanças ocorrem numa conjuntura onde a Polícia Federal realizou uma megaoperação contra o crime organizado, investigando quadrilhas que utilizaram pelo menos 40 fundos de investimento e postos de gasolina para lavar dinheiro. Este contexto evidencia a necessidade de medidas mais rigorosas no controle das operações financeiras para combater efetivamente o crime organizado sem prejudicar a operação de instituições legítimas.

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