Profissionais que atuam nas regiões Seridó e Oeste com o atendimento a adolescentes responsabilizados por atos infracionais participaram, na manhã desta quinta-feira (13), de aula magna do Curso de Aperfeiçoamento Para Profissionais da Socioeducação. Com status de pós-graduação, a capacitação é oferecida pela Escola de Socioeducação do Rio Grande do Norte.
São 100 vagas para cada polo, distribuídas para os meios aberto e fechado. O encontro inicial segue até a tarde e na sexta-feira (14), das 8h30 às 12h. Em Caicó, a palestra foi do presidente da Fundação de Atendimento Socioeducativo do Rio Grande do Norte, Herculano Campos, na sede do Ministério Público Estadual. Em Mossoró, a Faculdade de Música da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern) sediou aula proferida pelo promotor de Justiça Olegário Gurgel Ferreira Gomes.
Antes disso, uma mesa de abertura realizada remotamente foi transmitida com participações de autoridades envolvidas na formação, resultado de parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), por meio do Observatório da População Infantojuvenil em Contextos de Violência (Obijuv) vinculado ao Departamento de Psicologia; com a Secretaria de Estado do Trabalho, da Habitação e da Assistência Social (Sethas) e com a Fundação de Atendimento Socioeducativo do Rio Grande do Norte (Fundase/RN). Os recursos são oriundos de emenda parlamentar da deputada federal Natália Bonavides.
O trabalho integrado entre os meios aberto e fechado foi destaque na fala de Herculano Campos: “É fundamental pensar que a socioeducação é uma só – meio aberto e meio fechado -, em que pese a gente ainda ter muitas dificuldades pra estabelecer as conexões necessárias para que possamos lidar com objetividade com nossa clientela.”
Ao saudar a mesa, o presidente da Fundase explicou também a importância da verba investida, destinada à UFRN com execução do Obijuv. “Uma emenda parlamentar é importantíssima porque a socioeducação é uma política muito cara. Os estados sozinhos não dão conta, ou dão conta precariamente, de bancar sozinhos a socioeducação. Por isso, a gente vem solicitando do governo federal uma parceria no financiamento da socioeducação. Enquanto isso não se conoslida, nós temos as emendas parlamentares que são fundamentais para que a gente consiga para além do cotidiano, da manutenção básica do nosso trabalho, desenvolver ações como esse curso.”, detalhou.