Após o pagamento da primeira parcela do décimo terceiro, os brasileiros já procuram a data da segunda parcela. O 13º salário, que teve sua primeira parcela na última sexta-feira (28), tem o potencial de injetar R$ 369,4 bilhões na economia em 2025, segundo dados do Dieese.
A segunda parcela deve ser paga até o dia 20 de dezembro. Sobre esta parcela incidem os descontos de Imposto de Renda (IRRF) e INSS, calculados sobre o valor total do 13º.
Como é feito o cálculo do 13º salário?
O cálculo é relativamente simples. O valor integral do 13º corresponde a um salário mensal bruto do trabalhador. Para quem trabalhou o ano inteiro na mesma empresa, o valor será igual ao salário de dezembro.
Para o cálculo proporcional, a fórmula é:
(Salário Bruto / 12) x Meses Trabalhados no Ano
Atenção: Horas extras, adicionais (noturno, insalubridade) e comissões também entram no cálculo, sendo apurada a média desses valores ao longo do ano.
E se a empresa atrasar o pagamento?
O pagamento do 13º salário é uma obrigação legal. Caso a empresa não cumpra os prazos, estará sujeita a uma multa administrativa aplicada por auditores fiscais do trabalho. O valor da multa é de R$ 170,25 por empregado prejudicado, valor que dobra em caso de reincidência.
O trabalhador que não receber nas datas corretas pode fazer uma denúncia ao sindicato de sua categoria ou diretamente ao Ministério do Trabalho e Emprego.
13º salário não é ‘extra’: veja como planejar e evitar dívidas no próximo ano
O recurso não deve ser visto como uma renda “extra”, mas sim como uma ferramenta fundamental para o planejamento financeiro, capaz de aliviar o orçamento dos meses seguintes e evitar o endividamento segundo especialistas.
Para a planejadora financeira Fernanda Prado, essa mudança de mentalidade é essencial para usar o dinheiro da maneira correta e de forma estratégica. Na realidade, o 13º salário é parte do que o profissional trabalhou e produziu ao longo do ano.
A única diferença é que essa parte do salário é paga de forma concentrada, em parcela única ou dividida em duas vezes. Ao encará-lo como um “extra”, a tendência é gastá-lo de forma impulsiva, sem dar o devido valor ao esforço de produção.
“O 13º é um recurso importante para o planejamento financeiro, não um prêmio. Ele pode (e deve) ser usado de forma estratégica para aliviar o orçamento dos meses seguintes ou adiantar metas financeiras”, disse.
