Trilhas Potiguares Brasil/África chega ao fim com evento inédito e resultados positivos

Encerrando as atividades em Moçambique, o programa Trilhas Potiguares Brasil/África realizou, na última sexta-feira, 12, o 1º Seminário Internacional de Pesquisa e Extensão Universitária. O evento foi sediado no campus da Universidade Save (UniSave), no distrito de Nhaguiviga, com o tema Trilhas, Afetitude e Conectividade.

​A proposta do seminário foi reunir experiências de pesquisa e extensão que se comprometem com o diálogo, a justiça social, a escuta ativa e a construção de pontes entre universidades e comunidades. O evento também apresentou os resultados práticos das ações realizadas pela equipe do Trilhas. A programação, que ocorreu em dois turnos, contou com eixos temáticos variados, como saberes locais, inovação, sustentabilidade, juventude e pesquisa.

O governador da província de Inhambane, Eduardo Mussanhane, prestigiou o evento e destacou a importância do ensino superior e da cooperação entre instituições para o desenvolvimento. “A universidade é, por excelência, um espaço de produção e difusão do conhecimento, encontrando na pesquisa o seu acesso e na extensão a sua ponte para a transformação das nossas sociedades”, afirmou o governador. “A cooperação acadêmica e científica é hoje um caminho incontornável para promover o desenvolvimento humano, social e territorial”, complementou.

​Eduardo Mussanhane também falou sobre o poder transformador da educação e enfatizou o significado do seminário para a UniSave e para os moçambicanos. “Este seminário constitui uma oportunidade de cruzar saberes, discutir metodologias, apresentar resultados”, disse. “A escolha da província de Inhambane para este encontro internacional é, para nós, motivo de grande satisfação. Acolher esse evento significa também reafirmar o papel de Inhambane como território de saberes e oportunidades, onde a ciência se cruza com a vida das comunidades e contribui para a transformação social”, ressaltou.

​O professor da UFRN e um dos coordenadores do programa, Fransualdo Azevedo, explicou que a missão do Trilhas em Moçambique se baseia na compreensão da função social da Universidade por meio da extensão universitária. “No contexto que envolve uma cooperação acadêmica, buscamos problematizar e elucidar questões que envolvem o que já existe de ações e também aquilo que se coloca como desafio, o que ainda está por vir”, relatou.

Professor da UFRN Fransualdo Azevedo e aluna Ana Matilde durante o 1º Seminário Internacional de Pesquisa e Extensão Universitária. Foto: Cícero Oliveira – Agecom/UFRN

​Os resultados das atividades desta segunda edição do Trilhas Potiguares na África foram promissores. Ao todo, o programa impactou três mil pessoas com 35 ações. O professor Edvaldo Carvalho, pró-reitor adjunto de extensão e também coordenador do programa, celebrou as realizações. “A gente avalia como um saldo muito positivo. Foi muito gratificante poder ter realizado o Trilhas internacional, porque, certamente, a gente possibilitou experiências diversas no processo de formação dos nossos alunos”, compartilhou.

​Em uma avaliação geral, o professor destacou a semelhança entre a formação dos estudantes brasileiros e moçambicanos. “Uma coisa que não tem como ser diferente é a criação e o desenvolvimento desse ambiente dialógico de formação, onde a gente trabalha junto com a comunidade, com seu conhecimento empírico, e a universidade, com o conhecimento científico. A união desses dois tipos de conhecimentos faz, de forma muito efetiva, a formação da sociedade”, explicou Edvaldo.

​A doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Turismo (Ppgtur/UFRN), Ana Matilde, relatou como a participação no programa foi transformadora. “O Trilhas internacional foi um divisor de águas pra mim”, compartilhou. “Contribui muito para minha experiência acadêmica e profissional. Foi uma grande satisfação ter contato com novas culturas e novos aprendizados”, enfatizou.

O Trilhas Potiguares Brasil/África é uma realização conjunta  da Pró-Reitoria de Extensão (Proex/UFRN), da Pró-Reitoria de Pós-Graduação (PPG/UFRN), da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), da UniSave e da Universidade Eduardo Mondlane (UEM), ambas de Moçambique. Com apoio da Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (Proae/UFRN), da Secretaria de Relações Internacionais (SRI/UFRN) e  da Fundação Norte-Rio-Grandense de Pesquisa e Cultura (Funpec). Também participam a Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) e o Instituto Federal do Pará (IFPA).

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