Os resultados das eleições municipais de 2024 apontam que a taxa de sucesso de reeleição de prefeitos no Rio Grande do Norte foi de 88%, a terceira maior da região Nordeste, atrás da Paraíba, com 95%, segundo levantamento da Confederação Nacional dos Municípios (CNM).
O estudo da CNM mostra, ainda, que dentre os municípios que tiveram prefeitos disputando a reeleição no domingo (6), 47% dos prefeitos foram reconduzidos para o segundo mandato (2025/2028). Ao todo foram reeleitos 78 prefeitos e os novos gestores são 86.
As eleições de 2024 no Brasil ficarão marcadas pelo aumento expressivo de candidatos reeleitos. Dos 3.006 candidatos que declararam concorrer à reeleição, 2.444 já obtiveram êxito (podendo alcançar 2.474), o que representa um percentual superior a 81% de sucesso nas urnas. A queda de candidaturas aliada à alta taxa de reeleição sugere que a população não optou por mudanças significativas no comando das cidades.
A Eleição de 2024 marcou a maior taxa de reeleição já registrada. A cada 10 candidatos que tentaram a reeleição, oito obtiveram êxito (81%). Historicamente, o percentual sempre esteve em torno de 60%, com exceção do ano de 2016, que, marcado por uma profunda crise política e econômica, apresentou uma taxa de sucesso de 49%.
Quando se considera o total de candidatos eleitos e não somente os sujeitos a reeleição, o percentual de candidatos reeleitos é de 44%.
De acordo com os dados levantados pela CNM junto ao TSE, as características dos prefeitos eleitos em 167 municípios do Estado indicam uma idade média de 46 anos, sendo que 26% são mulheres e 35$ negros e 91% dos eleitos concluíram a educação básica.
Não estão incluídos os dados de Natal, onde haverá segundo turno na disputa da prefeitura, no domingo (27), entre os deputados federais Paulinho Freire (União Brasil) e Natália Bonavides (PT) e dos municípios de Lagoa Salgada, na região Agreste e Areia Branca, na chamada região da Costa Branca, onde as eleições estão sub-júdice.
A CNM levantou com base nos dados do TSE, que em todo o país foram 5.471 prefeitos eleitos no primeiro turno, sendo que 46 eleitos sub-júdice – quando a justiça determinará se o candidato poderá assumir o cargo – e 52 disputas de segundo turno.
As eleições foram marcadas pelo aumento de disputas mais enxutas, com 55% dos Municípios possuindo até dois candidatos na corrida eleitoral, pelo número recorde de candidaturas únicas (223) e pelo paulatino aumento da representatividade feminina, que, embora distante da representatividade de 52% do eleitorado, contará para a próxima gestão com 724 candidatas já eleitas, podendo alcançar até 742 cadeiras (considerando as situações sub-júdice e de 2º turno).
Entre as informações de características que merecem destaque, a média de idade dos prefeitos eleitos é de 50 anos, oscilando entre 53 anos no Espírito Santo e 45 anos no Amapá. Há uma ampliação da participação feminina no pleito, alcançando 724 postos (13% dos Municípios com candidatos eleitos).
Embora distante da participação de 52% do eleitorado, a quantidade de prefeitas mais do que dobrou nos últimos 24 anos. No Rio Grande do Norte, a cada quatro eleitos, uma é mulher. Por outro lado, no Espírito Santo essa proporção cai consideravelmente: em 76 cidades com resultados consolidados, somente duas serão comandadas por mulheres.
Tribuna do Norte